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Os frutos da paixão

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Cena do filme "Os frutos da paixão", de 1981. É sempre bom lembrar que um filme sempre tem duas faces. A mais simples e a mais profunda. A primeira é a historinha que começa, se desenvolve e acaba. É também a mais superficial e mais fácil de ser percebida e recontada. Ensina quase nada e talvez deixe no espectador uma noção de cores, uma música bonitinha ou emocionante, um refrão ou uma mania qualquer inventada pelo ator para deixar o personagem mais interessante. E só. A segunda, a mais profunda, só existe nos filmes bons e ótimos. E deixa marcas fortes, noções desafiadoras, leva o espectador a pensar e reagir de modos diversos. De repente, esse espectador se dá conta de que uma mudança ocorreu em sua vida a partir do filme, como a busca por um jeito de pensar ou de agir, um silêncio onde andes havia um barulho ensurdecedor. Aquilo que o espectador é ficou diferente. Ele mesmo não percebe, mas os outros percebem e é isso que faz com que algo mude de fato. Por isso, todo film