A fé dos humanos
A igreja católica descobriu a mística. Os evangélicos descobriram a catarse, o êxtase. Já o islamismo descobriu a catarse mística personalista. Tirem a mística, a catarse e devoção forçada e as religiões desaparecem. Descobriram no sentido de explorar sistematicamente.
No êxtase, o sujeito é levado a transportar-se para fora de si mesmo, evasão que o leva a agir por sentimentos muito intensos de admiração, bem-estar alienado da realidade, entrega total. Há até aqueles que entregam carro, casa, apartamento (quando a embriaguês passa processam a igreja).
Na mística, o importante é ocupação da mente com noções permanentes tiradas da prática religiosa, ocupação que tranborda para o misticismo. O místico pelo místico, exista deus ou não. Uma igreja católica é a configuração simbólica de espaços vazios. Umberto Eco gastou 10 páginas para mostrar como uma única capela de uma única abadia é a materialização da manipulação religiosa por efeitos pictóricos.
Já os islâmicos praticam um fundamentalismo mixado, catarse na iniciação, mística na devoção a um homem, absolutismo vingativo na manutenção do credo, o ódio como cimento da fé.
Nada disso era novo para os gregos que inventaram o teatro.
Na Grécia Antiga, as pessoas levavam tochas acesas às 5 horas da madrugada para “participar” do teatro, no qual as peças faziam dialogar deuses e seres humanos.
O grande final, de êxtase, se dava quando o sol nascia. Imagine um céu limpíssimo, aquele avermelhado no horizonte, um azul variante surgindo pelas frestas que se abriam nas cores negras da noite. Era o apogeu da mensagem. Nenhuma igreja conseguirá reproduzir as sensações das madrugadas dos velhos gregos.
Que apogeu seria possível nestes tempos de cidades recheadas de asfalto, prédios, viadutos, muros, congestionamentos, alagamentos? E assim mesmo, no fim da madrugada, uma cidade grande, recém-molhada por chuva, é silenciosamente bela e mística, uma prova da sagacidade dos humanos que construíram essa forma de proteção baseados em deuses, que não existem.
No êxtase, o sujeito é levado a transportar-se para fora de si mesmo, evasão que o leva a agir por sentimentos muito intensos de admiração, bem-estar alienado da realidade, entrega total. Há até aqueles que entregam carro, casa, apartamento (quando a embriaguês passa processam a igreja).
Na mística, o importante é ocupação da mente com noções permanentes tiradas da prática religiosa, ocupação que tranborda para o misticismo. O místico pelo místico, exista deus ou não. Uma igreja católica é a configuração simbólica de espaços vazios. Umberto Eco gastou 10 páginas para mostrar como uma única capela de uma única abadia é a materialização da manipulação religiosa por efeitos pictóricos.
Já os islâmicos praticam um fundamentalismo mixado, catarse na iniciação, mística na devoção a um homem, absolutismo vingativo na manutenção do credo, o ódio como cimento da fé.
Nada disso era novo para os gregos que inventaram o teatro.
Na Grécia Antiga, as pessoas levavam tochas acesas às 5 horas da madrugada para “participar” do teatro, no qual as peças faziam dialogar deuses e seres humanos.
O grande final, de êxtase, se dava quando o sol nascia. Imagine um céu limpíssimo, aquele avermelhado no horizonte, um azul variante surgindo pelas frestas que se abriam nas cores negras da noite. Era o apogeu da mensagem. Nenhuma igreja conseguirá reproduzir as sensações das madrugadas dos velhos gregos.
Que apogeu seria possível nestes tempos de cidades recheadas de asfalto, prédios, viadutos, muros, congestionamentos, alagamentos? E assim mesmo, no fim da madrugada, uma cidade grande, recém-molhada por chuva, é silenciosamente bela e mística, uma prova da sagacidade dos humanos que construíram essa forma de proteção baseados em deuses, que não existem.
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