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Faz tempo que se percebe que Lula é retrógado e mau caráter.

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Gente que frequenta o "clube" dele fala isso com naturalidade. Naturalidade que revela cumplicidade. E nesse "gente" inclua empresas e capitalistas de boca que acham que controlam tudo. Somente a psicanálise explica o que Lula é e diz. Ele é um rancoroso que saiu da miséria usando os mesmos recursos corruptos dos políticos que ele tanto criticava quando era sindicalista (e protegido do regime militar). Tomou uma aula de um dos seus principais criticados: Paulo Maluf.  Em 2012, querendo fazer Haddad virar prefeito, Lula foi visitar Maluf na surdina. Na saída, a imprensa estava na porta (avisada por Maluf também na surdina). Parece que Lula incorporou o tranco que tomou como traço de caráter. Lula não consegue conceber o que é um povo livre e autoderminado. Tem que ser o que o rancor dele diz que é. E ao rancor soma-se a ignorância histórica, a mendacidade e a indigência mental. Há muito o que dizer sobre a existência do estado de Israel, sobre as disputas históricas

As duas mortes de Marshall Berman no Brasil

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    Brasília é das coisas mais horrendas produzidas no Brasil. Sempre pensei que era implicância minha desde que, 29 anos atrás, dirigindo filmagens para uma produta de São Paulo, tive de passar alguns dias correndo atrás de políticos para recolher depoimentos. Uma amiga, do falecido Jornal da Tarde, ajudou fazendo com que um senhor já meio careca, de óculos, fino trato, me levasse pelos corredores do Congresso e me colocasse diante daquele que seria o novo ministro da Previdência Social. Nome do senhor que me ciceroneou: Geraldo Alckmin, o mesmo que poucos meses depois renunciou ao mandato de deputado federal para assumir o governo de São Paulo, a 1º de janeiro de 1995, na condição de vice de Mário Covas. Há em Brasília aquela luz impressionante ao amanhecer, vista do hotel lá pelas 7 da manhã ou no final da tarde. Mas aquilo é Goiás onde quer que se esteja. Andar por Brasília é sentir um remeximento, um rancor, uma interrogação aflita sobre algo que não se percebe direito

Para ajudar Bolsonaro precisamos falar dos erros dele.

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Bolsonaro perdeu mais do que uma eleição

A poucos dias de fechar 2022, o cenário do país é de um governo sem governo. Bolsonaro se deixou paralisar pela inércia e toda inércia é sinal do que foi, ou não, feito antes. Sobretudo é sinal de falta de estratégia.   Bolsonaro venceu a eleição de 2018 dando aula de marketing político. Perdeu o governo federal dando aula de amadorismo. Como foi que ele não percebeu que até mesmo os militares queriam livrar-se dele, a qualquer custo, até mesmo fazendo pactos com o demônio? Pior do que isso. Na prática, Lula já governa nos bastidores. Há uma "operação casada" entre Lula e o STF. Operação que abriga várias operações em sua barriga. Os militares estão nas sombras, alguns comemorando. Seguindo o novo manual de ação política, eles receberão o bônus (alguns bilhões de reais) e nada pagarão como ônus. A ideia de induzir a visível ira dos manifestantes pró-Bolsonaro para que fosse posicionada em áreas de proteção militar foi, repito, um golpe a la Golbery do Couto e Silva, chefe do

Um brasileiro, uma música e uma longa história

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O moço do vídeo fazendo seu número modesto e assumido num canto perdido qualquer de São Paulo não tem ideia das origens “absurdamente humildes” da música “Sultans of Swing”, como escreveu o crítico musical Rob Hughes na revista Classic Rock. Criada como primeira versão em 1977, resulta de uma parada do guitarrista Mark Knopfler num pub meio abandonando a meio caminho do sul de Londres. Chovia, o ar estava frio. Depois de parar o carro, Knopfler ouviu o som do jazz que vinha lá de dentro. Entrou, conheceu o lugar, topou com desconhecidos, ouviu histórias sobre os músicos e saiu de lá com uma música na cabeça. Na época, o pessoal do hoje famoso Dire Straits estava numa “pindaíba” danada, lutando para conseguir gravar um disco. A música acabou ganhando projeção internacional somente em 1985. É ao mesmo tempo uma homenagem ao jazz e aos músicos desconhecidos que tocavam por amor ao que faziam. E se chamavam orgulhosamente de “Sultões do Swing”, swing significando um estilo de jazz, assim c

Gosto musical é resultado

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Sydnei Bechet é uma lenda na história do jazz. Neste vídeo, o filho dele, Daniel Bechet, lidera ao lado de outra lenda uma banda de peso que apresenta até músicas inéditas de Bechet pai, que nasceu no dia 14 de maio de 1897 e morreu no dia 14 de maio de 1959. 

Os frutos da paixão

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Cena do filme "Os frutos da paixão", de 1981. É sempre bom lembrar que um filme sempre tem duas faces. A mais simples e a mais profunda. A primeira é a historinha que começa, se desenvolve e acaba. É também a mais superficial e mais fácil de ser percebida e recontada. Ensina quase nada e talvez deixe no espectador uma noção de cores, uma música bonitinha ou emocionante, um refrão ou uma mania qualquer inventada pelo ator para deixar o personagem mais interessante. E só. A segunda, a mais profunda, só existe nos filmes bons e ótimos. E deixa marcas fortes, noções desafiadoras, leva o espectador a pensar e reagir de modos diversos. De repente, esse espectador se dá conta de que uma mudança ocorreu em sua vida a partir do filme, como a busca por um jeito de pensar ou de agir, um silêncio onde andes havia um barulho ensurdecedor. Aquilo que o espectador é ficou diferente. Ele mesmo não percebe, mas os outros percebem e é isso que faz com que algo mude de fato. Por isso, todo film

Ianoblefe, o massacre dos ianomâmis, que nunca existiu

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Por Janer Cristaldo "O ano de 1993 ficará na história do jornalismo como o do maior blefe já registrado na imprensa nacional e internacional, o "massacre" dos ianomâmis que, mesmo sem ter ocorrido, provocou lesões irremediáveis na imagem do Brasil no exterior. A farsa teve duplo efeito. Em primeiro lugar, chamou a atenção internacional para uma chacina que simplesmente não aconteceu. Em segundo lugar, mesmo não tendo ocorrido, confirmava a existência de uma tribo que no Brasil não existe. Pois a nação ianomâmi, embora já pertença à "História do Brasil", em alguns manuais didáticos e irresponsáveis, não passa de uma criação ficcional de uma fotógrafa suíça, Cláudia Andujar, de nome tão pouco suíço, que nos anos 70 andou em Roraima fotografando, vacinando e rebatizando índios de diversas tribos distintas entre si, falando dialetos também distintos. As lesões à imagem do país atingiram ainda o público nacional: hoje, dificilmente algum brasileiro aceitaria a hipót

O inimigo público está fora de foco

Houve uma grande mudança de foco para ficar no mesmo conflito. Primeiro foi com com Sergio Moro. Agora, colocaram Bolsonaro no lugar de Sergio Moro. Não entendeu ainda? Então vamos lá. De veredores a senadores, a grande maioria temia Sergio Moro e a Lava Jato. E a absoluta maioria destes caras fazia isso em silêncio. Há até aqueles que postaram fotos ou mensagens próximas dele mas que tramavam contra ele nos bastidores. Agora, posam ao lado de Bolsonaro com a "faca" escondida e com as armações prontas para apenas usar a imagem dele nas próximas eleições. Já foi possível detectar rematados bandidos fazendo isso. O Congresso pediu a cabeça de Moro. Por vias tortas, conseguiu. Então Bolsonaro teve de aprender na marra a lição. O Congresso não é confiável e não dará suporte a qualquer ação que vise combater corrupção. Com a saída de Moro, a pressão agora é da mesma cor, da mesma intensidade e tem a mesma finalidade: manter o sistema político como grande balcão de negócios, cujos

Mutação de um vírus pode ser rastreada e até servir de prova contra criminosos

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No final da década de 1980, o órgão americano responsável pelo controle de doenças infecciosas investigou a ocorrência de aids em uma paciente. A jovem americana descobriu-se portadora apesar de afirmar não ter se exposto ao vírus. A investigação de sua infecção não mostrava a forma de contágio. A jovem não usara drogas injetáveis, não recebera sangue em transfusões, não fizera tatuagens, não realizara acupuntura e negava ter mantido relação sexual com parceiros suspeitos. Seus dois antigos namorados fizeram exame de aids. O resultado de ambos foi negativo. O mistério permanecia. A pista surgiu com a descoberta de que a jovem recebera tratamento dentário quase dois anos antes de descobrir sua infecção. Seu dentista da Flórida portava o vírus. Esse profissional poderia ter transmitido a doença? O tratamento foi habitual, o dentista não se cortou e nem perfurou sua pele com os instrumentos usados na paciente. Caso tenha havido a transmissão, foi de maneira despercebida. Uma pequena p